segunda-feira, 30 de março de 2009

HISTÓRIA DA LINGUA INGLESA


As estatísticas demonstram que há, aproximadamente, 300 milhões de falantes nativos, 300 milhões de pessoas que usam o inglês como segunda língua e, ainda, 100 milhões que a usam como língua estrangeira. É a língua oficial ou co-oficial em mais de 45 países, falada também extensivamente em países onde não tem "status oficial". Vamos analisar como nasceu a língua inglesa... Os estudos sobre o tema dividem a história da formação da língua inglesa em três períodos: Old English, Middle English e Modern English. A abordagem histórica enfoca os principais acontecimentos que repercutiram na formação lingüística, desde os primeiros povos habitantes da Europa na Idade do Bronze – os Celtas, por volta de 1000 a.C. -, a invasão romana - em 55 e 54 a.C. - até chegar propriamente no que se pode chamar de língua inglesa, após as primeiras incursões dos povos germânicos, prosseguindo com a conquista normanda até a padronização do inglês moderno.

O Old English também é chamado de "período anglo-saxão", que vai do ano 499 até o ano 1100 d.C. e compreende as invasões da Inglaterra por tribos germânicas, principalmente os anglos, os saxões e os jutos; e uma segunda onda de invasores: os vikings. O inglês falado neste período não era uma única língua, mas sim uma variedade de diferentes dialetos que eram línguas funcionais para descrever fatos concretos e atender as necessidades de comunicação diária. Se comparado ao inglês atual que conhecemos, é uma língua quase irreconhecível tanto na pronúncia quanto no vocabulário e na gramática.

No segundo período, o Middle English (entre 1100 e 1500 d.C.), em função da conquista da Inglaterra pelos normandos na Batalha de Hastings, em 1066, a língua inglesa sofreu uma grande influência do francês, que se tornou a língua da lei, da educação, da igreja, do governo civil e da organização militar, permanecendo assim durante 300 anos. A influência da cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica resultou no enriquecimento do vocabulário, mas sem afetar a pronúncia ou a estrutura gramatical. A língua inglesa recuperou seu prestígio no final do século XV, influenciado tanto pelo sentimento nacionalista como pelo advento da imprensa - que divulgava o mesmo padrão lingüístico - e da literatura, principalmente de Geoffrey Chaucer, conhecido como "O Pai da Literatura Inglesa". Depois disso não foi mais registrada nenhuma mudança drástica, principalmente pelo fato de nunca mais a Inglaterra ter sido exposta a nenhuma invasão estrangeira, resultando no que chamamos de Modern English (1500), período de padronização e unificação da língua falada até hoje. A disponibilidade de materiais impressos deu impulso à educação, trazendo o alfabetismo ao alcance da classe média. No início deste período tivemos a impressionante contribuição de William Shakespeare para o enriquecimento da língua inglesa. Sua imensa obra é caracterizada pelo uso criativo do vocabulário então existente, bem como pela criação de palavras novas. A chegada dos primeiros imigrantes ingleses, em 1620, na América do Norte - período da colonização - marcou o início da presença da língua inglesa no Novo Mundo. Após a independência dos Estados Unidos, em 1776, o dialeto norte-americano já mostrava um vocabulário distinto em relação ao inglês da Inglaterra, em função da influência das culturas indígenas nativas e do espanhol das regiões colonizadas pela Espanha. No entanto, atualmente, as diferenças entre o inglês britânico e o norte-americano se caracterizam, basicamente, pela pronúncia, além de pequenas diferenças no vocabulário. E, mesmo havendo pequenas diferenças regionais, o inglês se tornou um idioma de comunicação internacional, econômica e culturalmente.

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